Blog com dicas e artigos sobre finanças pessoais e investimentos.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
O que você precisa saber sobre seguro de vida
Refletindo sobre a finalidade do Seguro de Vida
Por: Minha Vida Financeira
Falar
sobre este assunto é um tabu para muitas famílias. Decidir contratar um seguro
de vida não é, ainda, uma atitude comum entre os brasileiros, devido às
crenças, paradigmas e objeções que cercam o assunto. Muitas pessoas sentem-se
desconfortáveis em falar sobre o tema pensando que, ao contratar uma proteção
de vida, estarão atraindo a morte; ou ainda, acreditam não ser um bom negócio
pelo fato de que não aproveitarão o dinheiro pago pelo seguro.
Será que é verdade? Será que essas pessoas construíram um
pensamento racional sobre a real importância e necessidade de se ter um seguro?
Se a busca por proteção atraísse a morte, o uso do cinto de
segurança teria aumentado o índice de acidentes fatais no trânsito, ao invés de
diminuí-lo, certo?
Então, assim como ter um seguro não aumenta as chances de uma
fatalidade ou dano à integridade física, o fato de não tê-lo também não diminui
esse risco. Os riscos minimizados são sempre os financeiros! Por isso, é sobre esse aspecto que
avaliaremos de forma inteligente o custo-benefício de se ter um seguro.
Agora que quebramos um paradigma, listamos alguns exemplos
característicos de quem necessita da proteção de um seguro de vida. Veja se
você se encaixa em algum deles:
Arrimo de família (pessoas que fornecem à família os meios de
subsistência):
É o legítimo provedor do lar. A pessoa que, para fornecer os
meios de subsistência à sua família, depende do seu trabalho e da geração de
renda. Neste caso, é extremamente importante buscar uma proteção que o cubra em
caso de morte ou invalidez. Pense
nisso! Se você fechar os olhos para a vida e abrir para a eternidade, de que
forma gostaria que sua família vivesse? Com o mesmo padrão de vida ou sentindo,
além da saudade, muita falta dos recursos oriundos do seu trabalho?
Pessoas dependentes da própria renda:
Essa é aquela pessoa que gera a própria subsistência,
porém não possui dependente ou herdeiros. Nesse caso, é importante avaliar o
impacto de uma invalidez e
que tipo de economia você terá caso não consiga gerar mais renda. Quanto é
necessário para manter a sua qualidade de vida?
Patriarca / Matriarca (chefe de família, detentor de patrimônio):
Muitas vezes o patriarca ou matriarca trabalhou bastante e,
inclusive, é comum que tenha emergido de uma situação difícil na infância. Com
trabalho e dedicação construiu, ao longo de sua vida, um patrimônio em prol de
sua família. Em um primeiro momento, talvez a falta desta pessoa não impacte na
qualidade de vida da família, porém, há sempre o risco de os herdeiros não
saberem administrar os investimentos e, por uma má gestão, acabar com todo
patrimônio construído. Nesse caso, o mais indicado é que se busque uma consultoria
profissional de sucessão patrimonial para discutir sobre o gerenciamento do patrimônio.
Além do risco da má gestão por parte dos herdeiros, existe outro
fator para essas famílias pensarem em ter um seguro de vida:
A dilapidação do patrimônio em inventário:
Nessa situação, o primeiro impacto observado é o bloqueio dos
bens, sendo que sua distribuição entre os herdeiros pode se arrastar por anos.
O próximo ponto é que altos valores são necessários para pagamento de
advogados, tributos e taxas cartorárias. Portanto, nesse caso, a contratação de
um seguro tem o objetivo de dar liquidez à família e recursos para que sejam
pagas essas despesas, as quais chegam a custar em média 15% do patrimônio
total.
Por último, pense também em sua atual situação de trabalho, principalmente
se você não contar com o apoio do INSS ou possuir renda maior que o teto pago
por ele (situação que, em caso de invalidez, implicará em uma diminuição do seu
padrão de vida, já que sua renda será somente a paga pelo INSS). Outro fator a
ser observado é que algumas profissões possuem maiores riscos de acidentes do
que outras. Por isso, pense na execução do seu trabalho e na ocasião de ficar
impossibilitado de realizar suas tarefas em razão de acidentes laborais.
Existem seguros que cobrem acidentes pessoais e pagam, por prazo determinado,
um salário conforme as coberturas contratadas.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
As contribuições do planejamento financeiro pessoal
Por: Antônio Dias
Assim como nas empresas, o
planejamento financeiro pode desempenhar um papel de grande relevância na vida
das pessoas, ajudando-as a obter, usar e controlar de maneira mais eficiente os
recursos financeiros. A utilização de tal instrumento de administração
financeira não se restringe apenas aos mais endinheirados, mas é igualmente
importante para os indivíduos financeiramente menos abastados. Ajudar a gastar
e a investir melhor o dinheiro ou a adequar o estilo de vida aos recursos
disponíveis estariam, respectivamente, entre suas principais contribuições. Seu
uso torna-se ainda mais necessário quando se leva em conta os níveis de
endividamento e de inadimplência do brasileiro, bem como a complexidade e a
incerteza do ambiente econômico contemporâneo.
As pessoas são frequentemente
confrontadas a situações que requerem algum tipo de decisão financeira. Em
geral, são decisões que envolvem investimentos, financiamentos, formação de
poupança, planejamento de aposentadoria, contratação de seguros. Ou seja, onde
investir o dinheiro, qual a melhor alternativa de financiamento para a
aquisição de um bem ou serviço, quanto poupar para obter um certo montante num
dado prazo são exemplos típicos de eventos financeiros que fazem parte da vida
das pessoas. Isso mostra que é preciso estar suficientemente preparado para
realizar as escolhas mais apropriadas do ponto de vista financeiro e da riqueza
pessoal.
O planejamento financeiro é um
instrumento capaz de orientar e de auxiliar as pessoas na importante tarefa de
administrar suas finanças. Confira abaixo as suas principais contribuições.
1. Integrar as grandes questões financeiras: o planejamento
financeiro oferece às pessoas a oportunidade de se debruçarem, de maneira
organizada e sistematizada, sobre os principais temas que envolvem suas
finanças, ou seja, gastos, impostos, fundo de reserva, investimentos, créditos,
dívida, poupança, ativos, aposentadoria e patrimônio. As definições em cada uma
dessas áreas são integradas ao planejamento financeiro anual do indivíduo ou da
família e passam a orientar suas ações cotidianas. Agir conforme o plano
estabelecido evita que as pessoas se afastem de seus objetivos e projetos, ao
mesmo tempo em que lhes proporciona uma vida financeira mais saudável e
próspera.
2. Ajuda a realizar planos: esta seria, talvez, a maior
contribuição do planejamento financeiro. Seu processo leva as pessoas a
identificar e a precisar seus desejos, objetivos e, também, a expressá-los em
termos financeiros. Tal procedimento é fundamental para orientar as decisões e
mobilizar os recursos necessários à realização dos planos, tendo em vista uma
situação financeira inicial. As pessoas precisam de objetivos. O planejamento
financeiro detalha as previsões financeiras e ajuda a definir estratégias para
alcançá-los.
3. Permite obter maior controle sobre as finanças: a expressão
final do planejamento financeiro é o fluxo de caixa, que inclui e apresenta as
entradas (ou recebimentos), as saídas (ou pagamentos) de caixa ou dinheiro e a
diferença entre ambas. Esta última pode gerar excedente (sobra de dinheiro),
insuficiência (falta de dinheiro) ou saldo nulo (montantes iguais de entradas e
saídas de caixa). Mais precisamente, o fluxo de caixa permite identificar as
origens (fontes) e os destinos (aplicações) de todo o dinheiro movimentado por
uma pessoa ou família em determinado período. Trata-se de um instrumento de
vital importância para administrar, analisar e controlar mais eficientemente as
finanças pessoais, bem como acompanhar o cumprimento de metas e objetivos.
Estas ações fornecem ainda subsídios para uma eventual necessidade de revisar o
planejamento financeiro.
4. Eleva a capacidade para enfrentar contingências: o detalhamento
de suas previsões financeiras dota as pessoas de uma maior capacidade para
enfrentar contingências. A análise do fluxo de caixa permite, por exemplo, que
elas se antecipem a eventuais insuficiências de dinheiro e busquem alternativas
para contorná-las, seja por meio da redução ou do adiamento de saídas de caixa,
seja mediante o aumento ou a antecipação de entradas de dinheiro. Do mesmo
modo, a previsão e a constituição de um fundo de reserva podem ajudar as
pessoas a enfrentar as contingências sem maiores problemas financeiros. Enfim,
o objetivo é assegurar a boa saúde financeira de indivíduos e famílias e
incutir-lhes o hábito de gastar mais sabiamente e com visão de futuro.
5. Exerce um papel importante na acumulação de riqueza: o
planejamento financeiro destina-se também a ajudar as pessoas a direcionar seus
recursos para aplicações que aumentem sua riqueza. Esta corresponde ao conjunto
de bens e direitos (ativos) que a pessoa possui. Geralmente são veículos,
imóveis, obras de arte, joias, aplicações financeiras (poupança, ações, títulos
de renda fixa), ou seja, ativos tangíveis e intangíveis. As eventuais dívidas
ou obrigações exigíveis (passivos) devem ser subtraídas para calcular a riqueza
líquida. Assim, aquele que pretender aumentar sua riqueza pode considerar o
planejamento financeiro como um forte aliado. Afinal de contas, conhecer e
avaliar as previsões de movimentação do dinheiro - suas origens e aplicações -
permite direcioná-lo a itens mais produtivos.
Uma vida financeira saudável e
próspera requer objetivos financeiros precisos e uma administração eficiente do
dinheiro. O planejamento financeiro é um instrumento importante para toda
pessoa que pretenda administrar inteligentemente suas finanças para conseguir
realizar objetivos e projetos. Portanto, adote o planejamento financeiro em sua
vida e tire vantagem de suas contribuições.
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Antonio Dias Pereira Filho é professor, pesquisador, escritor e palestrante em
finanças e contabilidade. Autor de Structure du capital, dynamisme
environnemental et performance: une articulation entre la finance et la
stratégie. Paris: Les Éditions du Panthéon, 2012.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Novo remédio promete combater a vontade impulsiva de compras
Por: Luiz Fernando M. Schvartzman
Pesquisadores
do mundo inteiro tentam descobrir a cura de diversas doenças e distúrbios que
afetam a nossa sociedade. São remédios para obesidade, para stress e, agora,
lançam uma nova receita para curar a vontade compulsiva de comprar. Diariamente
nos deparamos com várias oportunidades e desejo de comprar: roupas, televisão,
celular, notebook, carro, apartamento, pacote de viagem, refeições especiais,
etc.
Cada
vez mais somos “bombardeados” por propagandas, seja por e-mail, telefone,
internet, outdoor, rádio, televisão e qualquer lugar que possamos imaginar. São
cores, sons, frases, músicas, formatos, pessoas, luzes e tudo mais para chamar
nossa atenção. E resistir a tudo isso é quase impossível.
A
“doença” da vontade compulsiva de comprar causa ainda alguns efeitos
colaterais. Além da falta de dinheiro, foi encontrada em alguns pacientes,
perda da capacidade de realizar sonhos maiores, uma tristeza crônica de não
conseguir comprar e usufruir um pouco destas “oportunidades” que lhes são
oferecidas e em casos mais graves um profundo grau de depressão, endividamento
e perda do emprego.
O
estudo identificou diversos casos desde os mais simples até aos mais complexos,
sendo que o número de casos desta “doença” está crescendo cada vez mais no
Brasil atingindo das classes mais baixas até aos mais abastados.
Alguns
pacientes estão tratando da doença com a “hora extra”, criando novas fontes de
renda, trabalhando cada vez mais para suprir a necessidade que o vício traz. No
entanto este tratamento causa maior dependência, podendo causar “aumento
ilusório do padrão de vida ” e as consequências podem ser ainda maiores.
Sempre
surgirão novos itens, novos produtos e novas ideias para pegar no nosso ponto
fraco e vender cada vez mais. Não adianta se enganar parcelando as compras,
colocar a culpa nos salário e muito menos na inflação.
Mas
afinal, qual é o remédio para este problema? Simples: Planejamento financeiro
com algumas doses de mudança de hábitos e uma injeção de organização dos
gastos.
Quando
não temos uma boa organização dos nossos gastos e nem objetivos claros,
acabamos gastando com itens desnecessários e perdendo o controle. Portanto, se
você souber quais os seus objetivos, seus planos, dificilmente será
“convencido” na direção de outros produtos e ofertas. No tratamento podem
ocorrer algumas recaídas, mas não tem problema: planeje uma quantia, para os
desejos oportunos, mas nunca comprometendo seus reais objetivos e de longo
prazo.
Com
o tempo você irá perceber que essa receita irá “milagrosamente” diminuir sua
necessidade e vício por comprar, entrar em uma loja para dar uma olhadinha e
por incrível que pareça, nem vai precisar trabalhar tanto a mais para
conquistar alguns dos seus sonhos. Experimente!
Se seus problemas persistirem, procure um
Planejador Financeiro.
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